"Voluntárias do canil municipal querem formar associação.
A primeira associação de apoio a animais abandonados de S. João da Madeira deverá nascer até Março. Disso depende o aparecimento de mais voluntários
São quatro mulheres e une-as o amor aos animais. “Causa de poucos”, dizem. Mas Teresa Oliveira, Isabel Serôdio, Ana Benfica e Alexandra Rodrigues não desanimam e para elas cada animal salvo das ruas é uma aposta ganha. Para já são apenas o Núcleo dos Amigos dos Animais de S. João da Madeira, mas querem oficializar-se como associação. Para isso, voluntários precisam-se.
“Somos só quatro pessoas, um número que não dá para seguirmos em frente com este projecto”, frisa Teresa Oliveira, uma das fundadoras deste núcleo, que conta já com 18 anos. A vontade de criar uma associação intensificou-se com a constatação de que “há cada vez mais animais abandonados em S. João da Madeira”. Sem adiantar números, até porque “todos os dias há mais”, Teresa Oliveira garante que “são muitos”. Será por causa da tão falada crise? “Sei lá, já nem sei. Talvez”, desanima. Mas mais do que crise culpa a irresponsabilidade e a inconsciência de quem deixa um animal na rua à sua sorte. “As pessoas pensam que um cão é um ursinho de peluche, que não faz chichi nem cocó, que não estraga. E depois chateiam-se quando vêem que afinal dá trabalho e despesa e põem-no na rua”.
Teresa e as restantes colegas trabalham como voluntárias no canil municipal de S. João da Madeira. E é lá que querem continuar quando oficializarem o sonho de serem a Associação dos Amigos dos Animais de S. João da Madeira. Embora faça questão de sublinhar que a relação com a câmara “tem sido boa”, Teresa Oliveira confessa que “o ideal seria que nos entregasse o canil municipal para podermos trabalhar de outra forma”. A acontecer, sorri, “seria ouro sobre azul”.
Situado nos armazéns da autarquia, na Rua das Águas, o canil municipal tem oito jaulas que neste momento acolhem 12 cães (três machos e nove fêmeas). Apesar de ser um canil “muito pequeno” numa cidade onde “de há uns seis/sete meses para cá se tem notado um aumento incrível de animais abandonados”, Teresa Oliveira garante que o número de abates – política imposta aos canis – “tem sido zero”. A voluntária recorda que “antes não era assim”, mas desde que começaram a dinamizar campanhas de adopção e a divulgar os animais, “as coisas mudaram”. “Temos tido o apoio de alguns jornais, sobretudo nacionais, que colocam anúncios de animais abandonados”, adianta, referindo que já tiveram pedidos de cachorros no Algarve e em Lisboa. Já em S. João da Madeira, a procura de animais para adopção é “muito reduzida”. “É muito raro aparecer-nos alguém de S. João da Madeira. As pessoas aqui são pouco amigas dos animais”, atira Teresa Oliveira, que com quatro cães a seu cargo é uma excepção no concelho."
Podem ver a noticia completa em aqui.
2 comentários:
Adorei a iniciativa! É um método muito bom para tentar arranjar famílias para os animais. Espero que tenha bons resultados.
:)
Obrigada pelo apoio :)
Beijinhos
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