sexta-feira, 17 de julho de 2009

Petrúquio precisa de um lar

Actualização 28 de Setembro de 2009:
O Petrúquio foi adoptado :D... muito bem adoptado!
Finalmente conquistou o coração de alguém que o pudesse ter.

Sê Feliz menino lindo, tu mereces! *

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O Petrúquio é um cão de porte médio, com menos de 1 ano, muito magro e com algumas feridas provocadas pelo atropelamento. Está medicado e em recuperação. Porém precisa do melhor de todos os remédios: CARINHO e ATENÇÃO.


Desde há uma semana passou já noites em 3 locais diferentes: um albergue “a abarrotar” e onde ele não podia continuar, em casa da primeira família que se comprometeu a acolhê-lo e a dar-lhe tudo o que ele necessitava (mas que se livrou dele na primeira oportunidade), e em casa de uma
generosa amiga que tem tentado o possível para lhe dar conforto. Porém ela tem um cão com alguma idade e que já está demasiado habituado ao “seu território”, que não tolera a presença de um “estranho” e que tenta de todas as formas mordê-lo e lutar com ele.

Mas o Petrúquio é calmo, e continua psicologicamente muito assustado e abalado. Tudo o que ele mais queria e nós mais desejávamos era encontrar alguém que pudesse tomar bem conta dele. E definitivamente. Porque ele merece encontrar o seu lugar no mundo! O Petrúquio nutre um carinho especial por crianças, e é amistoso com todos os animais.



Olá! «O meu nome é Petrúquio, mas outrora terei sido um cão diferente com um nome diferente. Só vos poderei relatar a minha história desde o famigerado dia 8 de Julho de 2009, porque o que antes se passou guardo na grande tristeza que envolve o meu coração e se denuncia nos meus olhos. Terei sido abandonado por alguém de quem sinto inúmeras saudades. E as minhas almofadinhas nas patas são prova de que terei palmilhado muitos quilómetros para encontrar o meu caminho de volta a casa. Cansado, decidi repousar durante uns dias no largo da feira de uma terra com gente simpática, onde não me faziam mal, e onde eu podia dormir confortavelmente. Só que depois montaram uma festa, e vieram os feirantes, e eu já não sabia qual era o meu lugar. Confuso, tonto e desnorteado, deambulei por lá, e tentei atravessar uma estrada com inúmeros carros. Não sei bem para onde queria ir, só sei que não cheguei ao outro lado.

Vocês compreendem que para nós, que só usamos as patinhas como meio de transporte, o
frenesim dos carros é algo que não percebemos, não compreendem? Pior ainda, nem sequer
percebemos o perigo. Foi então que alguém que não deu por mim bateu com o seu carro contra as minhas patinhas dianteiras. Fiquei ali, ferido e apático, no meio da estrada, levando a que outros condutores contornassem o meu corpo para que não me esmagassem. Julgo que por aquela altura queria desistir de viver.
Eu sei que vocês, humanos, estão em constante correria. É o ritmo da sociedade, ouço dizer. Por isso é que não me ajudaram mais cedo, não foi? Felizmente dois amigos que por ali passavam pegaram em mim e levaram-me para o passeio onde fiquei a salvo dos vossos pneus velozes. Eles não sabiam o que fazer e chamaram alguém de quem hoje reconheço o sorriso e a quem retribuo de cauda erguida e a abanar. Esta minha nova amiga acalmou-me com uns afagos, enquanto a ouvia falar ao telemóvel a clamar que alguém a ajudasse a ajudar-me.

Ainda não passou uma semana, e parece que não encontrei afinal uma solução definitiva. Sou demasiado meigo e estou demasiado assustado. Sei de cor o rosto de quem me quer mal e dos
que me estão a tratar bem. Mas eu não guardo rancor de nenhum de vocês. Porque eu preciso de ajuda, e só um humano de grande e bom coração me poderá salvar.


Ajude a salvar o Petrúquio, dê-lhe uma oportunidade de ser feliz!
Contactos para adopção: Raquel Pinho - 918840378 -
rakelpinho@gmail.com

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